quinta-feira, 22 de outubro de 2009

DETALHAMENTO FINAL DO PROJETO


H) Espaço físico onde deve ou pode ser realizada a atividade:
A presente proposta privilegia os espaços escolares (pátio, auditório, salas de aula), os espaços virtuais (sites e email) e um espaço público da cidade (Parque Ipanema, no caso de Ipatinga/MG)


I) Material necessário:

Todo o material de consumo (papéis, apostilas, pincéis, entre outros), de serviços (gravação de CD, internet) e os bens permanentes (projetor, som, computador) necessários à realização do projeto serão financiados pelos recursos da SEE/MG – Secretaria de Estado e Educação de Minas Gerais, através do Projeto PEAS/Juventude que mantém parceria com as escolas estaduais em que atuam as idealizadoras do projeto.

J) Meio de comunicação a ser utilizado:
Todas as ações do trabalho serão divulgadas no site oficial do projeto e o lançamento do CD no espaço público em jornais e mídias locais.

K) Tempo necessário à realização da atividade: 1 ano letivo
Detalhamento das atividades - consultar o cronograma no item G.
L) Número ideal de participantes:
O número de participantes varia de acordo com o número de multiplicadores. Pensamos que o ideal seria 20 estudantes para cada educador multiplicador de oficinas.

M) Descrição dos/as participantes:
- Comunidade escolar (educadores, equipe diretiva e pedagógica, funcionários e pais)
- Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª série do Ensino Médio

N) Avaliação:
A avaliação e o monitoramento serão realizados ao término de cada atividade e divulgados no site oficial do projeto.

Reflexão final

“Um som estridente de campainha corta o ar, juntando-se ao burburinho de vozes, carros, ônibus. São 7h e a escola dá o seu primeiro sinal. Nota-se uma pequena agitação. Os alunos que chegaram, até esse momento, se encontram em grupos, espalhados pelo largo formado pela confluência de duas ruas. É um pequeno centro comercial de um bairro de periferia, numa região metropolitana: lojas, açougue, padaria, locadora de vídeo, bares, etc. Alguns rapazes chegam à porta das lojas, como se esperassem pelo movimento. A entrada dos alunos na escola parece ser um ritual cotidiano, repetindo-se todos os dias nos gestos, nas falas, nos sentimentos, em momentos de encontro, paquera, ou simplesmente, de um passar do tempo.
Rapazes e moças continuam chegando aos poucos; alguns em grupos, outros sozinhos. Cumprimentos, risos, conversas ao pé de ouvido. Grupo de rapazes, grupo de moças, grupos misturados. Olhares sugestivos acompanhados de comentários e risos. Um rapaz sai do seu grupo e vai até as moças e diz algo que provoca sorrisos. Existe um clima de desejo no ar. Um casal de namorados se beija, encostado no muro sob uma árvore, indiferente ao burburinho.
Mas é no momento do sinal que aumenta o volume de pessoas chegando. Brancos, negros, mulatos, na sua maioria jovens, aparentando idades que variam entre 13 a 20 anos, alguns poucos mais velhos, principalmente mulheres. Vestem-se de formas as mais variadas, predominando jeans e tênis. Começam a entrar por um portão de ferro inteiriço.
A escola ocupa todo um quarteirão, cercada por muros altos, descascados e escuros, o que lhe dá uma aparência pesada. Além do portão, existe uma outra entrada, uma garagem por onde passam os professores. Após o portão, os alunos descem por uma rampa ao lado de um pequeno anfiteatro, e entram por um outro portão, onde seus uniformes são fiscalizados por uma auxiliar de serviços gerais, entrando em seguida no pátio e nas salas da escola.
O espaço é claramente delimitado, como que a evidenciar a passagem para um novo cenário, onde vão desempenhar papéis específicos, próprios do "mundo da escola", bem diferentes daqueles que desempenham no cotidiano do "mundo da rua", porém carregados de estigmas e simbolismos.”
(Texto de Juarez Tarcisio Dayrell – Coordenador do Observatório da Juventude da UFMG – Adaptado pelas cursistas)

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