sábado, 24 de outubro de 2009

Apresentação do Projeto de Intervenção - Polo da UFOP/Ipatinga


A apresentação do Projeto de Intervenção Mídia e Diversidade no Cotidiano Escolar: Desafios e possibilidades foi muito gratificante, visto que, além de se tratar de um projeto de finalização de curso, também nos trouxe enorme prazer pessoal e satisfação profissional.
Agradecemos aos colegas de curso pela paciência e incentivo, as tutoras do Polo de Ipatinga pela colaboração e aos tutores da Universidade Federal de Ouro Preto pelas pontuais observações e gentilezas.
Parabenizamos todos os projetos apresentados. Nosso desejo é de que juntos possamos reforçar o respeito e a valorização pela diversidade, principalmente no cotidiano escolar.
Abraços. Celeste e Patrícia

quinta-feira, 22 de outubro de 2009



POLO DE IPATINGA/MINAS GERAIS
FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES EM GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Mídia e diversidade no cotidiano escolar: desafios e possibilidades

Cursista 1: Maria Celeste Vasconcelos Brandão
Escola Estadual João XXIII
Ipatinga - MG
Turma: 08
Professor: Germano Moreira Campos

Cursista 2: Patrícia Rodrigues Lima Rabelo
Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes
Ipatinga – MG
Turma: 12
Professor: Weder Ferreira Silva

OBJETIVOS DO PROJETO


Objetivo Geral:

• Estimular e promover ações que abordem a presença da diversidade na escola, num enfoque pluriétnico, multicultural e multidisciplinar, a partir de instrumentos divulgados pela mídia


Objetivos específicos:
1) levantar dados e promover enquetes que pesquisem a presença de ações estereotipadas e preconceituosas no ambiente escolar;

2) sensibilizar a comunidade escolar acerca da necessidade de desenvolver um projeto de intervenção com base nos dados do levantamento realizado;

3) capacitar os educadores de todas as disciplinas em oficinas temáticas, a fim de prepará-los para serem multiplicadores do projeto de intervenção em questão;

4) preparar os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, através da adaptação e multiplicação das oficinas temáticas dos educadores e outras oficinas juvenis propostas;

5) promover, junto aos jovens, um festival de música com abordagem voltada para as temáticas estudadas nas oficinas, tendo como culminância a gravação de um CD;

6) criar e manter um site para monitoramento e avaliação do desenvolvimento das atividades realizadas no decorrer da execução do projeto.

ENQUETE DE SONDAGEM


PROPOSTAS DE ATIVIDADES:

A- Proposta de atividade referente à concretização do objetivo 1.

Descrição: Enquete e painéis

1.1 Construção e aplicação de uma enquete (Anexo 1) intitulada: “Detectando o preconceito no ambiente escolar”. A enquete será aplicada a toda a comunidade escolar.
1.2 Montagem de gráficos e exposição, em papel AP, dos resultados da enquete nos painéis do pátio da escola.

Encenações e Assembléias Gerais



A atividade será realizada em dois momentos: um momento com os estudantes e outro envolvendo toda a comunidade escolar.

1- Realização de rápidas encenações promovidas pelos estudantes (durante os intervalos), no pátio da escola, que dramatizem as situações levantadas pela enquete anterior.

- As encenações serão utilizadas como elementos reflexivos e detonadores para demonstrar a premente necessidade da realização do trabalho proposto.

2- Realização de assembléias gerais, no auditório da escola, para toda a comunidade escolar, a fim de socializar os resultados e os gráficos da enquete e discutir a real presença do preconceito e dos estereótipos no espaço escolar.

3- Na oportunidade, será realizada a exibição dos casos animados, no projetor de imagens, promovidos pelo curso GDE e o levantamento de sugestões para a continuidade dos trabalhos.

Descrição: Textos para análise e participação nos fóruns de debate



Antecedendo a realização das oficinas os educadores receberão, via email ou em forma de apostilas de textos os materiais, contendo temas que serão abordados e problematizados nos fóruns do site oficial do projeto.


Os textos e as problematizações pertinentes às temáticas serão extraídos do material do curso GDE (Sugestões em anexo).


Textos de capacitação dos educadores

Utilizaremos como suporte os textos, apostilas e fóruns veiculados pelo curso GDE – Gênero e Diversidade na Escola


Texto problematizador:

Geralmente, somos pegos em armadilhas sem percebermos e acabamos reforçando estereótipos e atitudes racistas e sexistas em nossos alunos.
Antes de trabalhar o preconceito com eles, precisamos detectá-lo em nós mesmos e avaliar o quanto estamos contribuindo para reforçá-lo, mesmo que inconscientemente, em nossos alunos.

Ao ouvir uma piada racista ou preconceituosa, o professor deve tomar uma atitude. Se pensarmos que não há mal algum em ouvir uma piadinha e reproduzi-la, estaremos sendo coniventes com o que deveríamos combater.

Para pensar e refletir:

• Elogio e valorizo alunos negros e de outras etnias da mesma forma como elogio e valorizo os alunos brancos?
• Dou as mesmas oportunidades para meus alunos, não importando sua etnia, sexo e procedência?
• Estou atento(a) ao fato de que muitos alunos têm uma imagem negativa de si, de sua aparência e de suas capacidades e preparo atividades para tentar ajudá-los a melhorar a auto-imagem?
• Chamo algum aluno por seu apelido (mesmo que este seja ofensivo)?
• Na maioria das vezes, escolho alunos brancos para atividades de destaque?
• Distribuo igualmente atividades entre alunos e alunas?
• Acredito que as mulheres são mais direcionadas para disciplinas da área de humanas e os homens para as da área de exatas?
• Trato o aluno portador de necessidades especiais de maneira diferenciada, exigindo menos dele que dos demais por considerá-lo frágil?
• Incentivo atitudes de competição entre alunos e alunas?
• Quando algum aluno é alvo de uma piada ou comentário maldoso por parte dos colegas, aproveito a situação para discutir essa atitude?
• Questiono estereótipos e papéis definidos para homens e mulheres?
• Atribuo tarefas "femininas" para alunas e tarefas "masculinas" para alunos?
• Combato a homofobia e defendo o direito do adolescente de se expressar e desenvolver sua sexualidade?

Pertencemos à raça humana, que apresenta seres com diferentes características físicas (cor de pele, cabelo e olhos; altura; peso; tamanho de nariz e orelhas, entre outros), portanto as antigas idéias de raça (divididas com base nos fenótipos) ocasionaram graves problemas sociais e alimentaram ideologias como o nazismo e o apartheid, que pregavam (e possuem seguidores até hoje!) a existência de uma raça superior ou pura.

Oficinas com os educadores

“A postura do professor é crucial no combate ao preconceito e estereótipo no cotidiano escolar.”

Oficina 1 – Plenária a partir da exibição de animação


1.1- Exibição do vídeo do YouTube – “A arte da sobrevivência”, http://www.youtube.com/watch?v=u8EkvIHY41Q

1.2 - Após exibição do vídeo, na sala de multimídia, fazer abertura de uma plenária para discussão.
Problematização: Por que o camaleão teve que fugir da escola para encontrar seu lugar no mundo e desenvolver suas potencialidades?

1.3 - Os participantes serão divididos em grupos que irão para o pátio da escola. Cada grupo deverá propor sugestões reais que possam ser utilizadas no sentido de diminuir o preconceito e os estereótipos e ampliar as potencialidades promovidas pela diversidade no ambiente escolar.

1.4 - Os grupos farão os registros em papéis coloridos a serem expostos no pátio e socializarão suas sugestões com os demais integrantes e com a comunidade escolar.

1.5 - As sugestões serão devidamente registradas e repassadas aos participantes, a fim de oficializá-las em oficinas para educadores e alunos.

Oficina 2 – Debate a partir de Filmografia



2.1- Exibição e debate do filme, na sala de multimídia, “Minha vida em cor-de-rosa”, de Alain Berliner (Anexo 2).

Proposta de auxilio à reflexão sobre o filme:

- Como Ludovic (protagonista do filme) relaciona-se com seu corpo, como ele se entende?
- Como as pessoas e os grupos apresentados no filme compreendem Ludovic?
- Quais as formas de apoio que Ludovic recebe?
- Existem ações de apoio à população LGBT na escola? Quais?
- O que você pensa delas? Caso exista, você imagina alguma ação de apoio?

2.2 - Após exibição do filme, promover um debate, no pátio da escola, com o grupo.

2.3 - Os resultados da oficina serão divulgados no site do projeto.

Oficina 3 – Análise de músicas e outras divulgações midiáticas


3.1 – Discussão e análise de letras de músicas e outras divulgações midiáticas, na sala de multimídia, que reforcem ou critiquem os preconceitos e os estereótipos presentes na escola e na sociedade.

3.2 – Cada grupo receberá a letra de uma música e/ou outro instrumento de análise e sua função será explicar o conteúdo dos mesmos, a partir das reflexões acerca das temáticas GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

Sugestões de músicas (Anexos 3):

Sugestão 1 - Robocop Gay, dos Mamonas Assassinas
Sugestão 2 - Fricote, de Luiz Caldas
Sugestão 3 – Geni e o Zepelim, de Chico Buarque de Holanda


Sugestões de propagandas e outros instrumentos de análise (Anexo 4):

Sugestão 1 - Propaganda do “Doritos”
Sugestão 2 – Cena do filme “Ó, pai, ó”
Sugestão 3 – Capa da revista “Vogue”

- Os resultados da oficina serão divulgados no site do projeto.

FÓRUNS E OFICINAS DOS ESTUDANTES



Além dos fóruns relativos aos textos preparatórios e aos debates propostos em cada oficina os educadores deverão finalizar sua participação nos fóruns respondendo ao seguinte questionamento:

- Em meu papel de educador (a), como posso colaborar para a construção de uma sociedade igualitária e que respeite as diferenças?

D- Proposta de atividade referente à concretização do objetivo 4.


Descrições das oficinas com os estudantes:

Oficinas 1 e 3

Sugestão: Os educadores participantes deverão adaptar e multiplicar as oficinas 1 e 3, propostas anteriormente.

- Os resultados das oficinas serão divulgados no site do projeto.

Oficina 2 – Heróis e referências do imaginário juvenil


2.1- Pedir aos estudantes, dispostos no pátio da escola, que desenhem ou façam colagens de seus heróis preferidos.
- A partir das ilustrações, elaborar painéis, contendo gráficos que divulguem para a comunidade escolar os resultados.
2.2-Exibição do filme “Kiriku e a Feiticeira”, na sala de multimídia (Anexo 4).
2.3- Pedir aos estudantes, na sala de aula, para reescreverem a história de Kiriku
2.5- Pedir aos estudantes para comparar a história de Kiriku com os contos de fada tradicionais e seus heróis do painel construído no item 2.1. Promover uma discussão.
2.6- Pedir aos estudantes para pesquisarem em jornais e revistas reportagens e histórias de grandes ícones brasileiros negros, abordando as áreas onde alcançam maior evidência e questionando essa situação.
2.7 – Divulgar os resultados da oficina no site oficial do projeto.

Oficina 4 – Exibição de vídeo e música



4.1- Exibição do vídeo “Não ao racismo” e da música “Identidade” (Anexo 6), de Jorge Aragão (http://www.youtube.com/user/tatymazzoni#p/a)
4.2- Após ver o vídeo, na sala de multimídia, ouvir e cantar a música, dividir os estudantes em grupos e propor um debate sobre o tema. Ao término, pedir aos estudantes que construam um painel que ilustre os trechos da música e/ou a idéia central do vídeo.
4.3 – Expor o painel para a comunidade escolar.
4.4 - Divulgar os resultados da oficina no site oficial do projeto.

Oficina 5 – Representação social – masculinidade e feminilidade


5.1 - Fazer um modelo em papel Kraft de um corpo feminino e de um corpo masculino. Este modelo pode ser feito a partir do contorno do corpo dos próprios jovens (1 menina e 1 menino). Dividir o grupo de estudantes em dois subgrupos. Um subgrupo recebe o corpo masculino e outro o corpo feminino. Cada subgrupo deverá preencher o corpo recebido, com gravuras de revistas, desenhos e frases que caracterizem aquele personagem. De volta ao “grupão”, os subgrupos apresentam seu trabalho, e abre-se a discussão sobre diferenças e semelhanças encontradas entre eles, e sobre as representações e papéis culturais construídos a partir da idéia do masculino e do feminino em nossa sociedade.

Oficina 6 – Júri Simulado – Homofobia



6.1 - O grupo de jovens deverá ser dividido em dois grupos, no auditório da escola, Grupo A e Grupo B. O grupo A defenderá a necessidade de criminalização da homofobia no Brasil e o grupo B defenderá um posicionamento contra a criminalização da homofobia. Para tanto, é importante que os jovens se preparem para esse júri (deverão ser distribuídos aos estudantes textos alusivos ao tema da violência contra o LGBT’s e artigos da Declaração dos Direitos do Homem e da Constituição que destaquem a garantia da liberdade e da igualdade entre todos ). O mediador/líder deverá fazer intervenções quando necessárias, e seu julgamento e deverá levar em conta, principalmente, aqueles argumentos que se baseiem na relação entre sexualidade e cidadania.
6.2 – Publicar as fotos do júri simulado no site oficial do projeto.

Oficina 7 - Exibição de vídeos do YouTube



Vídeo 1 - “Minha vida de João” (http://www.youtube.com/watch?v=LESrHIGGon8), Vídeo 2 - “Era uma vez outra Maria” (http://www.youtube.com/watch?v=BxMLYl_ANrA)
Vídeo 3 - “Medo de quê?” (http://www.youtube.com/watch?v=F2L7Bwm0CvQ)
5.2- A partir da exibição dos vídeos, realizar um debate com os jovens sobre os temas propostos.
5.3 – Estimular a montagem e criação de histórias em quadrinhos e charges, a partir das temáticas abordadas pelos vídeos.
5.4 – Os quadrinhos e as charges deverão ser divulgados nos painéis do pátio da escola e no site oficial do projeto

Oficina 8 – Desafio de gênero


8.1 - Propor o seguinte desafio aos estudantes:

“Imagine que uma pessoa que vive em outro país muito distante do Brasil e sem acesso à comunicação chegou à sua cidade e precisa aprender como ser homem e como ser mulher. Que dicas vocês dariam para essa pessoa?”

8.2 - Os jovens devem ser divididos em pequenos grupos e montar roteiros para homens e para mulheres. Os professores coordenadores da atividade devem problematizar com o grupo as questões que surgirem: será que é assim mesmo? Como essas diferenças foram produzidas? Esses roteiros agradariam a todos? O que acontece quando descumprimos as “dicas” desse roteiro?

8.3 – A finalização da oficina será realizada mediante a socialização e discussão dos roteiros construídos pelos estudantes.

8.4 – Divulgar os resultados da oficina no site oficial do projeto.

Oficina 9 – Reconhecendo a identidade afro-brasileira


9.1- Fazer leitura com os jovens da história de Abayomi (Anexo 8).
9.2- Pesquisar na sala de informática sobre a origem das bonecas Abayomi.
9.3- A proposta é discutir a origem das bonecas Abayomi, estimular as relações de cooperação e generosidade, o fortalecimento da auto-estima e reconhecimento da identidade afro-brasileira de negros e descendentes, buscando superar as desigualdades de gênero, integrando a memória cultural brasileira 9.4-Após discussões propor aos estudantes (9º ano) a confecção de sua Abayomi para fazermos um amigo secreto no final do projeto.

FESTIVAL DE MÚSICA E ELABORAÇÃO DO CD



• Propor aos estudantes um festival de música em que as canções abordem os temas estudados nas oficinas do Projeto Mídia e Diversidade no Cotidiano Escolar: possibilidades e desafios.
• As inscrições serão abertas e cada jovem inscrito receberá três sugestões de temas já abordados nas oficinas. Ele poderá escolher um dos temas sugeridos para compor sua canção.
• Os jovens receberão uma apostila, contendo o regulamento e as datas agendadas para as eliminatórias.
• As dez canções vencedoras do festival irão compor o CD de culminância do projeto.
- O lançamento do CD será em espaço público (Parque Ipanema, de Ipatinga), a fim de divulgar as ações do projeto realizado pela escola com as temáticas GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

CRONOGRAMA GERAL



5/2 a 15/2 1) Levantar dados e promover enquetes que pesquisem a presença de ações estereotipadas e preconceituosas no ambiente escolar

- Enquete: “Detectando o preconceito no ambiente escolar”.

- Painéis: exposição dos gráficos, contendo os resultados da enquete

* Comunidade escolar (Educadores, equipe diretiva e pedagógica, funcionários, pais e estudantes)

16/2 a 28/2 2) Sensibilizar a comunidade escolar acerca da necessidade de desenvolver um projeto de intervenção com base nos dados do levantamento realizado

- Encenações reflexivas realizadas pelos jovens nos intervalos do recreio

- Assembléias gerais acerca da necessidade de fomentar e desenvolver o trabalho com as temáticas do projeto

*Comunidade escolar (Educadores, equipe diretiva e pedagógica, funcionários, pais e estudantes)

1/3 a 30/4 3) Capacitar os educadores de todas as disciplinas em oficinas temáticas, a fim de prepará-los para serem multiplicadores do projeto de intervenção em questão

- Análise de textos do curso GDE, via email

- Participação nos fóruns do site do projeto

- Oficinas temáticas quinzenais 1, 2 e 3 para educadores

*Educadores, equipe pedagógica e equipe diretiva

2/5 a 31/8 4) Preparar os estudantes através da adaptação e multiplicação das oficinas temáticas dos educadores e de outras oficinas juvenis

- Oficinas juvenis 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 , 8 e 9.

*Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª série do Ensino Médio

1/9 a 15/12 5) promover junto aos jovens um festival de música com abordagem voltada para as temáticas estudadas nas oficinas, tendo como culminância a gravação de um CD;

- Organização e montagem do Festival de música

- Gravação e lançamento do CD do projeto

*Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª série do Ensino Médio

5/2 a 15/12 - 6) Criar um site para monitoramento e avaliação do desenvolvimento das atividades realizadas no decorrer da execução do projeto.

- Criação do site

- Publicação de todas as atividades desenvolvidas pelo projeto Mídia e diversidade: desafios e possibilidades

*Educadores responsáveis pela coordenação do projeto

DETALHAMENTO FINAL DO PROJETO


H) Espaço físico onde deve ou pode ser realizada a atividade:
A presente proposta privilegia os espaços escolares (pátio, auditório, salas de aula), os espaços virtuais (sites e email) e um espaço público da cidade (Parque Ipanema, no caso de Ipatinga/MG)


I) Material necessário:

Todo o material de consumo (papéis, apostilas, pincéis, entre outros), de serviços (gravação de CD, internet) e os bens permanentes (projetor, som, computador) necessários à realização do projeto serão financiados pelos recursos da SEE/MG – Secretaria de Estado e Educação de Minas Gerais, através do Projeto PEAS/Juventude que mantém parceria com as escolas estaduais em que atuam as idealizadoras do projeto.

J) Meio de comunicação a ser utilizado:
Todas as ações do trabalho serão divulgadas no site oficial do projeto e o lançamento do CD no espaço público em jornais e mídias locais.

K) Tempo necessário à realização da atividade: 1 ano letivo
Detalhamento das atividades - consultar o cronograma no item G.
L) Número ideal de participantes:
O número de participantes varia de acordo com o número de multiplicadores. Pensamos que o ideal seria 20 estudantes para cada educador multiplicador de oficinas.

M) Descrição dos/as participantes:
- Comunidade escolar (educadores, equipe diretiva e pedagógica, funcionários e pais)
- Estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª série do Ensino Médio

N) Avaliação:
A avaliação e o monitoramento serão realizados ao término de cada atividade e divulgados no site oficial do projeto.

Reflexão final

“Um som estridente de campainha corta o ar, juntando-se ao burburinho de vozes, carros, ônibus. São 7h e a escola dá o seu primeiro sinal. Nota-se uma pequena agitação. Os alunos que chegaram, até esse momento, se encontram em grupos, espalhados pelo largo formado pela confluência de duas ruas. É um pequeno centro comercial de um bairro de periferia, numa região metropolitana: lojas, açougue, padaria, locadora de vídeo, bares, etc. Alguns rapazes chegam à porta das lojas, como se esperassem pelo movimento. A entrada dos alunos na escola parece ser um ritual cotidiano, repetindo-se todos os dias nos gestos, nas falas, nos sentimentos, em momentos de encontro, paquera, ou simplesmente, de um passar do tempo.
Rapazes e moças continuam chegando aos poucos; alguns em grupos, outros sozinhos. Cumprimentos, risos, conversas ao pé de ouvido. Grupo de rapazes, grupo de moças, grupos misturados. Olhares sugestivos acompanhados de comentários e risos. Um rapaz sai do seu grupo e vai até as moças e diz algo que provoca sorrisos. Existe um clima de desejo no ar. Um casal de namorados se beija, encostado no muro sob uma árvore, indiferente ao burburinho.
Mas é no momento do sinal que aumenta o volume de pessoas chegando. Brancos, negros, mulatos, na sua maioria jovens, aparentando idades que variam entre 13 a 20 anos, alguns poucos mais velhos, principalmente mulheres. Vestem-se de formas as mais variadas, predominando jeans e tênis. Começam a entrar por um portão de ferro inteiriço.
A escola ocupa todo um quarteirão, cercada por muros altos, descascados e escuros, o que lhe dá uma aparência pesada. Além do portão, existe uma outra entrada, uma garagem por onde passam os professores. Após o portão, os alunos descem por uma rampa ao lado de um pequeno anfiteatro, e entram por um outro portão, onde seus uniformes são fiscalizados por uma auxiliar de serviços gerais, entrando em seguida no pátio e nas salas da escola.
O espaço é claramente delimitado, como que a evidenciar a passagem para um novo cenário, onde vão desempenhar papéis específicos, próprios do "mundo da escola", bem diferentes daqueles que desempenham no cotidiano do "mundo da rua", porém carregados de estigmas e simbolismos.”
(Texto de Juarez Tarcisio Dayrell – Coordenador do Observatório da Juventude da UFMG – Adaptado pelas cursistas)

ANEXO 1 - ENQUETE "DETECTANDO O PRECONCEITO NO AMBIENTE ESCOLAR


1- Você percebe, no seu cotidiano escolar, que há maior indício de preconceitos e estereótipos em relação:

( ) aos negros
( ) às mulheres
( ) aos LGBTs( Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgênero)

2- Relate ou dê um depoimento de uma situação de preconceito ou estereótipo vivenciada em seu ambiente escolar.
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ANEXO 2 - FILME "MINHA VIDA EM COR-DE-ROSA"


Ficha técnica:
Direção: Alain Berliner
Roteiro: Alain Berliner
Roteiro: Chris Vander Stappen
Edição: Sandrine Deegen
Produção: Carole Scotta
Estúdio: Centre National de la Cinématographie (CNC)
Distribuição: Sony Pictures Classics
Ano: 1997
Sinopse:
O filme “Minha vida em cor-de-rosa”, de Alain Berliner, conta as desventuras do garoto Ludovic. Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina.
Logo na primeira sequência, aparece em uma festinha promovida pelos pais para atrair a nova vizinhança em um lindo vestidinho. A impressão e o mal-estar não saem das cabecinhas dos vizinhos, que começam a pressionar e ridicularizar o garoto.
A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó.
O filme mostra uma mensagem edificante de convivência com as diferenças.

ANEXO 3 - SUGESTÕES DE MÚSICA


Sugestão 1 - Robocop Gay, dos Mamonas Assassinas
Composição: Dinho / Júlio Rasec


Um tanto quanto másculo
Ai, e com M maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei
Minha pistola é de plástico (quero chupar-pa)
Em formato cilíndrico (quero chupar-pa)
Sempre me chamam de cínico (quero chupaar...)
Mas o porquê eu não sei (quero chupar-pa)
O meu bumbum era flácido
Mas esse assunto é tão místico
Devido a um ato cirúrgico
Hoje eu me transformei
O meu andar é erótico (silicone yeah! yeah!)
Com movimentos atômicos (silicone yeah! yeah!)
Sou um amante robótico (silicone yeeah...)
Com direito a replay (silicone yeah!)
Um ser humano fantástico
Com poderes titânicos
Foi um moreno simpático
Por quem me apaixonei
E hoje estou tão eufórico (doce, doce, amor)
Com mil pedaços biônicos (doce, doce, Amor)
Ontem eu era católico (doce, doce, amoor...)
Ai, hoje eu sou um GAY!!!
Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala "oxente"
E come vatapá
Você pode ser gótico
Ser punk ou skinhead
Tem gay que é Mohamed
Tentando camuflar:
Allah, meu bom Allah!
Faça bem a barba
Arranque seu bigode
Gaúcho também pode
Não tem que disfarçar
Faça uma plástica
Aí entre na ginástica
Boneca cibernética
Um robocop gay...
Um robocop gay,
Um robocop gay.
Ai... eu sei,
Eu sei
Meu robocop gay...
Ai como dói!

ANEXO 3 - SUGESTÕES DE MÚSICA


Sugestão 2 - Fricote, de Luiz Caldas
Composição: Luiz Caldas E Paulinho Camafeu

Nega do cabelo duro
Que não gosta de pentear
Quando passa na baixa do tubo
O negão começa a gritar
Pega ela aí
pega ela aí
Pra que ?
Pra passar batom
De que cor?
De violeta
Na boca e na bochecha
Pra que?
Pra passar batom
De que cor?
De cor azul
Na boca e na porta do céu

ANEXO 3 - SUGESTÕES DE MÚSICA


Sugestão 3 – Geni e o Zepelim, de Chico Buarque de Holanda
Composição: Chico Buarque

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir
Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni
Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

ANEXO 4 - SUGESTÕES DE PROPAGANDA E OUTROS INSTRUMENTOS DE ANÁLISE


Sugestão 1 - Propaganda do “Doritos”

Um comercial de TV do salgado “Doritos” (foto acima), divulgado em agosto de 2009, faz menção à discriminação por orientação sexual. A peça publicitária destaca quatro amigos dentro de um carro quando, no rádio, começa a tocar YMCA, canção do grupo Village People.Um dos rapazes começa a fazer a coreografia da música. Seus amigos, ao observarem a cena, estranham e o olham com desconfiança. Ao final, o locutor interrompe a música e diz: "Quer dividir algo com os amigos? Divide um Doritos!". Nesse momento, um pacote do salgadinho esconde o rosto do garoto, que dançou ao ritmo da música.

ANEXO 4 - SUGESTÕES DE PROPAGANDA E OUTROS INSTRUMENTOS DE ANÁLISE


Sugestão 2 – Cena do filme “Ó, pai, ó”

Logo nesse filme que faz uma ótima defesa da raça negra, não atentaram para a cena em que a travesti Yolanda (Lyu Arisson) desce a ladeira do Pelourinho, fumando, ao encontro do seu amante Reginaldo. A trilha sonora na cena é a música Tô Carente (Edu Luppa/ Tivas/ Marquinhos Maraialde), interpretada pela Banda Calypso que diz: "estou infectada com o vírus da paixão...", numa alusão clara à conexão HOMOSSEXUALIDADE x AIDS.

ANEXO 4 - SUGESTÕES DE PROPAGANDA E OUTROS INSTRUMENTOS DE ANÁLISE


Sugestão 3 - Capa da revista “Vogue” com Gisele Bündchen e LeBron James causa polêmica nos EUA

Imagem de Gisele Bündchen com o jogador LeBron James faz alusões depreciativas aos negros, dizem críticos. "Vogue" afirmou que intenção era colocar “dois astros no melhor de suas formas”.
Seria apenas mais uma das centenas capas de revista com Gisele Bündchen como estrela. Na imagem, clicada pela conceituada fotógrafa Annie Leibovitz para a revista “Vogue”, a brasileira aparece em um vestido de gala junto ao jogador da NBA LeBron James (que, em contraste com Gisele, está de uniforme e com uma bola de basquete).

A pose do cestinha do Cleveland Cavaliers está provocando bastante polêmica. James, curvado, de boca aberta e dentes à mostra, segura a cintura de supermodelo. Ela aparece sorridente, mas alguns críticos nos Estados Unidos estão reclamando que a foto sugere e reforça um imaginário depreciativo aos negros: um King Kong que toma à força a garota branca.
A tensão racial é um dos temas que permeiam a sociedade norte-americana, bem como inúmeras sociedades do mundo, inclusive o Brasil.

ANEXO 5 – FILME "KIRIKU E A FEITICEIRA"


Informações Técnicas:

Título no Brasil: Kiriku e a Feiticeira
Título Original: Kirikou et la sorcière
País de Origem: França / Bélgica / Luxemburgo
Gênero: Animação
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 71 minutos
Ano de Lançamento: 1998
Site Oficial: http://www.kirikou.net
Estúdio/Distrib.: Espaço Filmes e Imovision
Direção: Michel Ocelot


Sinopse:

Na África Ocidental, nasce um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto, que tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d'água da aldeia de Kiriku, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Para isso, Kiriku enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas pequeninas poderiam entrar.

ANEXO 6 -MÚSICA "IDENTIDADE”, de Jorge Aragão


Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história
Se o preto de alma branca pra você
É o exemplo da dignidade
Não nos ajuda, só nos faz sofrer
Nem resgata nossa identidade
Elevador é quase um templo
Exemplo pra minar teu sono
Sai desse compromisso
Não vai no de serviço
Se o social tem dono, não vai...
Quem cede a vez não quer vitória
Somos herança da memória
Temos a cor da noite
Filhos de todo açoite
Fato real de nossa história

ANEXO 7 - SUGESTÕES DE TEXTOS PREPARATÓRIOS - UFOP/GDE



Texto 1 - MÓDULO 1 – DIVERSIDADE - O ambiente escolar frente às discriminações e a promoção da igualdade

Texto 2 - MÓDULO 2 - GÊNERO - O aprendizado de gênero: socialização na família e na escola

Texto 4 - MÓDULO 3 - Sexualidade e Orientação Sexual - Sexualidade Juvenil, Direitos e Diversidade Sexual

Texto 5 - MÓDULO 3 - Sexualidade e Orientação Sexual - Abordagens educativas

Texto 6 - MÓDULO 4 - Relações Étnico-Raciais - “Escola sem cor”, num país de diferentes raças e etnias

Texto 7 - MÓDULO 4 - Relações Étnico-Raciais - Estereótipos e preconceitos étnico-raciais no currículo escolar

Texto 8 - MÓDULO 4 - Relações Étnico-Raciais - As Diretrizes Curriculares para a
educação das relações étnico-raciais

ANEXO 8 - TEXTO "RECONHECENDO A IDENTIDADE AFRO-BRASILEIRA"






De origem iorubá, a palavra Abayomi pode ser traduzida como meu presente ou aquela que traz minhas qualidades." (Maria Cláudia Söndahl Rebellato)
As Bonecas Abayomi, sempre negras, buscam o fortalecimento da auto-estima e reconhecimento da identidade afro-brasileira.
São feitas de sobras de panos que são amarrados, resgatando o fazer artesanal da forma mais singela, sem costuras e com o uso mínimo de ferramentas.
A história das Bonecas Abayomi, começou com Lena Martins, artesã de São Luiz do Maranhão, educadora popular e militante do Movimento de Mulheres Negras, que procurava na arte popular um instrumento de conscientização e sociabilização. Logo, outras mulheres, de várias gerações, vindas de vários movimentos sociais e culturais, aprenderam com ela, juntaram-se e fundaram no Rio de Janeiro a Cooperativa Abayomi, em dezembro de 1988, dando continuidade ao trabalho desde então.



História de Abayomi


Abayomi era uma menina de nove anos de idade, filha de ex-escravos. Ficou órfã juntamente com seus quatro irmãos menores.
Não aceitou a separação da família, o que era fato corriqueiro da época. Então, com a ajuda de seus amigos e vizinhos, confeccionava bonequinhas de retalho de pano, bonecas essas que aprendeu a fazer com sua mãe.
As bonequinhas eram negras e vestiam roupas coloridas, refletindo a origem e a cultura africana.
Com muita determinação e garra, Abayomi trabalhava com afinco, e através da venda das bonecas conseguiu dinheiro e criou seus irmãos.


Segundo a lenda Abayomi, essas bonecas foram trazidas para o Brasil pelas mães negras, vindas da áfrica e mantidas escravizadas. Elas rasgavam tiras de suas roupas, principalmente das barras das saias e, com os retalhos, faziam bonecas sem costura, apenas com nós para seus filhos brincarem.