sábado, 24 de outubro de 2009
Apresentação do Projeto de Intervenção - Polo da UFOP/Ipatinga
A apresentação do Projeto de Intervenção Mídia e Diversidade no Cotidiano Escolar: Desafios e possibilidades foi muito gratificante, visto que, além de se tratar de um projeto de finalização de curso, também nos trouxe enorme prazer pessoal e satisfação profissional.
Agradecemos aos colegas de curso pela paciência e incentivo, as tutoras do Polo de Ipatinga pela colaboração e aos tutores da Universidade Federal de Ouro Preto pelas pontuais observações e gentilezas.
Parabenizamos todos os projetos apresentados. Nosso desejo é de que juntos possamos reforçar o respeito e a valorização pela diversidade, principalmente no cotidiano escolar.
Abraços. Celeste e Patrícia
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
POLO DE IPATINGA/MINAS GERAIS
FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES EM GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Mídia e diversidade no cotidiano escolar: desafios e possibilidades
Cursista 1: Maria Celeste Vasconcelos Brandão
Escola Estadual João XXIII
Ipatinga - MG
Turma: 08
Professor: Germano Moreira Campos
Cursista 2: Patrícia Rodrigues Lima Rabelo
Escola Estadual Maurílio Albanese Novaes
Ipatinga – MG
Turma: 12
Professor: Weder Ferreira Silva
OBJETIVOS DO PROJETO
Objetivo Geral:
• Estimular e promover ações que abordem a presença da diversidade na escola, num enfoque pluriétnico, multicultural e multidisciplinar, a partir de instrumentos divulgados pela mídia
Objetivos específicos:
1) levantar dados e promover enquetes que pesquisem a presença de ações estereotipadas e preconceituosas no ambiente escolar;
2) sensibilizar a comunidade escolar acerca da necessidade de desenvolver um projeto de intervenção com base nos dados do levantamento realizado;
3) capacitar os educadores de todas as disciplinas em oficinas temáticas, a fim de prepará-los para serem multiplicadores do projeto de intervenção em questão;
4) preparar os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, através da adaptação e multiplicação das oficinas temáticas dos educadores e outras oficinas juvenis propostas;
5) promover, junto aos jovens, um festival de música com abordagem voltada para as temáticas estudadas nas oficinas, tendo como culminância a gravação de um CD;
6) criar e manter um site para monitoramento e avaliação do desenvolvimento das atividades realizadas no decorrer da execução do projeto.
ENQUETE DE SONDAGEM
PROPOSTAS DE ATIVIDADES:
A- Proposta de atividade referente à concretização do objetivo 1.
Descrição: Enquete e painéis
1.1 Construção e aplicação de uma enquete (Anexo 1) intitulada: “Detectando o preconceito no ambiente escolar”. A enquete será aplicada a toda a comunidade escolar.
1.2 Montagem de gráficos e exposição, em papel AP, dos resultados da enquete nos painéis do pátio da escola.
Encenações e Assembléias Gerais
A atividade será realizada em dois momentos: um momento com os estudantes e outro envolvendo toda a comunidade escolar.
1- Realização de rápidas encenações promovidas pelos estudantes (durante os intervalos), no pátio da escola, que dramatizem as situações levantadas pela enquete anterior.
- As encenações serão utilizadas como elementos reflexivos e detonadores para demonstrar a premente necessidade da realização do trabalho proposto.
2- Realização de assembléias gerais, no auditório da escola, para toda a comunidade escolar, a fim de socializar os resultados e os gráficos da enquete e discutir a real presença do preconceito e dos estereótipos no espaço escolar.
3- Na oportunidade, será realizada a exibição dos casos animados, no projetor de imagens, promovidos pelo curso GDE e o levantamento de sugestões para a continuidade dos trabalhos.
Descrição: Textos para análise e participação nos fóruns de debate
Antecedendo a realização das oficinas os educadores receberão, via email ou em forma de apostilas de textos os materiais, contendo temas que serão abordados e problematizados nos fóruns do site oficial do projeto.
Os textos e as problematizações pertinentes às temáticas serão extraídos do material do curso GDE (Sugestões em anexo).
Textos de capacitação dos educadores
Utilizaremos como suporte os textos, apostilas e fóruns veiculados pelo curso GDE – Gênero e Diversidade na Escola
Texto problematizador:
Geralmente, somos pegos em armadilhas sem percebermos e acabamos reforçando estereótipos e atitudes racistas e sexistas em nossos alunos.
Antes de trabalhar o preconceito com eles, precisamos detectá-lo em nós mesmos e avaliar o quanto estamos contribuindo para reforçá-lo, mesmo que inconscientemente, em nossos alunos.
Ao ouvir uma piada racista ou preconceituosa, o professor deve tomar uma atitude. Se pensarmos que não há mal algum em ouvir uma piadinha e reproduzi-la, estaremos sendo coniventes com o que deveríamos combater.
Para pensar e refletir:
• Elogio e valorizo alunos negros e de outras etnias da mesma forma como elogio e valorizo os alunos brancos?
• Dou as mesmas oportunidades para meus alunos, não importando sua etnia, sexo e procedência?
• Estou atento(a) ao fato de que muitos alunos têm uma imagem negativa de si, de sua aparência e de suas capacidades e preparo atividades para tentar ajudá-los a melhorar a auto-imagem?
• Chamo algum aluno por seu apelido (mesmo que este seja ofensivo)?
• Na maioria das vezes, escolho alunos brancos para atividades de destaque?
• Distribuo igualmente atividades entre alunos e alunas?
• Acredito que as mulheres são mais direcionadas para disciplinas da área de humanas e os homens para as da área de exatas?
• Trato o aluno portador de necessidades especiais de maneira diferenciada, exigindo menos dele que dos demais por considerá-lo frágil?
• Incentivo atitudes de competição entre alunos e alunas?
• Quando algum aluno é alvo de uma piada ou comentário maldoso por parte dos colegas, aproveito a situação para discutir essa atitude?
• Questiono estereótipos e papéis definidos para homens e mulheres?
• Atribuo tarefas "femininas" para alunas e tarefas "masculinas" para alunos?
• Combato a homofobia e defendo o direito do adolescente de se expressar e desenvolver sua sexualidade?
Pertencemos à raça humana, que apresenta seres com diferentes características físicas (cor de pele, cabelo e olhos; altura; peso; tamanho de nariz e orelhas, entre outros), portanto as antigas idéias de raça (divididas com base nos fenótipos) ocasionaram graves problemas sociais e alimentaram ideologias como o nazismo e o apartheid, que pregavam (e possuem seguidores até hoje!) a existência de uma raça superior ou pura.
Oficinas com os educadores
“A postura do professor é crucial no combate ao preconceito e estereótipo no cotidiano escolar.”
Oficina 1 – Plenária a partir da exibição de animação
1.1- Exibição do vídeo do YouTube – “A arte da sobrevivência”, http://www.youtube.com/watch?v=u8EkvIHY41Q
1.2 - Após exibição do vídeo, na sala de multimídia, fazer abertura de uma plenária para discussão.
Problematização: Por que o camaleão teve que fugir da escola para encontrar seu lugar no mundo e desenvolver suas potencialidades?
1.3 - Os participantes serão divididos em grupos que irão para o pátio da escola. Cada grupo deverá propor sugestões reais que possam ser utilizadas no sentido de diminuir o preconceito e os estereótipos e ampliar as potencialidades promovidas pela diversidade no ambiente escolar.
1.4 - Os grupos farão os registros em papéis coloridos a serem expostos no pátio e socializarão suas sugestões com os demais integrantes e com a comunidade escolar.
1.5 - As sugestões serão devidamente registradas e repassadas aos participantes, a fim de oficializá-las em oficinas para educadores e alunos.
Oficina 2 – Debate a partir de Filmografia
2.1- Exibição e debate do filme, na sala de multimídia, “Minha vida em cor-de-rosa”, de Alain Berliner (Anexo 2).
Proposta de auxilio à reflexão sobre o filme:
- Como Ludovic (protagonista do filme) relaciona-se com seu corpo, como ele se entende?
- Como as pessoas e os grupos apresentados no filme compreendem Ludovic?
- Quais as formas de apoio que Ludovic recebe?
- Existem ações de apoio à população LGBT na escola? Quais?
- O que você pensa delas? Caso exista, você imagina alguma ação de apoio?
2.2 - Após exibição do filme, promover um debate, no pátio da escola, com o grupo.
2.3 - Os resultados da oficina serão divulgados no site do projeto.
Oficina 3 – Análise de músicas e outras divulgações midiáticas
3.1 – Discussão e análise de letras de músicas e outras divulgações midiáticas, na sala de multimídia, que reforcem ou critiquem os preconceitos e os estereótipos presentes na escola e na sociedade.
3.2 – Cada grupo receberá a letra de uma música e/ou outro instrumento de análise e sua função será explicar o conteúdo dos mesmos, a partir das reflexões acerca das temáticas GÊNERO, SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Sugestões de músicas (Anexos 3):
Sugestão 1 - Robocop Gay, dos Mamonas Assassinas
Sugestão 2 - Fricote, de Luiz Caldas
Sugestão 3 – Geni e o Zepelim, de Chico Buarque de Holanda
Sugestões de propagandas e outros instrumentos de análise (Anexo 4):
Sugestão 1 - Propaganda do “Doritos”
Sugestão 2 – Cena do filme “Ó, pai, ó”
Sugestão 3 – Capa da revista “Vogue”
- Os resultados da oficina serão divulgados no site do projeto.
FÓRUNS E OFICINAS DOS ESTUDANTES
Além dos fóruns relativos aos textos preparatórios e aos debates propostos em cada oficina os educadores deverão finalizar sua participação nos fóruns respondendo ao seguinte questionamento:
- Em meu papel de educador (a), como posso colaborar para a construção de uma sociedade igualitária e que respeite as diferenças?
D- Proposta de atividade referente à concretização do objetivo 4.
Descrições das oficinas com os estudantes:
Oficinas 1 e 3
Sugestão: Os educadores participantes deverão adaptar e multiplicar as oficinas 1 e 3, propostas anteriormente.
- Os resultados das oficinas serão divulgados no site do projeto.
Oficina 2 – Heróis e referências do imaginário juvenil
2.1- Pedir aos estudantes, dispostos no pátio da escola, que desenhem ou façam colagens de seus heróis preferidos.
- A partir das ilustrações, elaborar painéis, contendo gráficos que divulguem para a comunidade escolar os resultados.
2.2-Exibição do filme “Kiriku e a Feiticeira”, na sala de multimídia (Anexo 4).
2.3- Pedir aos estudantes, na sala de aula, para reescreverem a história de Kiriku
2.5- Pedir aos estudantes para comparar a história de Kiriku com os contos de fada tradicionais e seus heróis do painel construído no item 2.1. Promover uma discussão.
2.6- Pedir aos estudantes para pesquisarem em jornais e revistas reportagens e histórias de grandes ícones brasileiros negros, abordando as áreas onde alcançam maior evidência e questionando essa situação.
2.7 – Divulgar os resultados da oficina no site oficial do projeto.
Oficina 4 – Exibição de vídeo e música
4.1- Exibição do vídeo “Não ao racismo” e da música “Identidade” (Anexo 6), de Jorge Aragão (http://www.youtube.com/user/tatymazzoni#p/a)
4.2- Após ver o vídeo, na sala de multimídia, ouvir e cantar a música, dividir os estudantes em grupos e propor um debate sobre o tema. Ao término, pedir aos estudantes que construam um painel que ilustre os trechos da música e/ou a idéia central do vídeo.
4.3 – Expor o painel para a comunidade escolar.
4.4 - Divulgar os resultados da oficina no site oficial do projeto.
Oficina 5 – Representação social – masculinidade e feminilidade
5.1 - Fazer um modelo em papel Kraft de um corpo feminino e de um corpo masculino. Este modelo pode ser feito a partir do contorno do corpo dos próprios jovens (1 menina e 1 menino). Dividir o grupo de estudantes em dois subgrupos. Um subgrupo recebe o corpo masculino e outro o corpo feminino. Cada subgrupo deverá preencher o corpo recebido, com gravuras de revistas, desenhos e frases que caracterizem aquele personagem. De volta ao “grupão”, os subgrupos apresentam seu trabalho, e abre-se a discussão sobre diferenças e semelhanças encontradas entre eles, e sobre as representações e papéis culturais construídos a partir da idéia do masculino e do feminino em nossa sociedade.
Oficina 6 – Júri Simulado – Homofobia
6.1 - O grupo de jovens deverá ser dividido em dois grupos, no auditório da escola, Grupo A e Grupo B. O grupo A defenderá a necessidade de criminalização da homofobia no Brasil e o grupo B defenderá um posicionamento contra a criminalização da homofobia. Para tanto, é importante que os jovens se preparem para esse júri (deverão ser distribuídos aos estudantes textos alusivos ao tema da violência contra o LGBT’s e artigos da Declaração dos Direitos do Homem e da Constituição que destaquem a garantia da liberdade e da igualdade entre todos ). O mediador/líder deverá fazer intervenções quando necessárias, e seu julgamento e deverá levar em conta, principalmente, aqueles argumentos que se baseiem na relação entre sexualidade e cidadania.
6.2 – Publicar as fotos do júri simulado no site oficial do projeto.
Oficina 7 - Exibição de vídeos do YouTube
Vídeo 1 - “Minha vida de João” (http://www.youtube.com/watch?v=LESrHIGGon8), Vídeo 2 - “Era uma vez outra Maria” (http://www.youtube.com/watch?v=BxMLYl_ANrA)
Vídeo 3 - “Medo de quê?” (http://www.youtube.com/watch?v=F2L7Bwm0CvQ)
5.2- A partir da exibição dos vídeos, realizar um debate com os jovens sobre os temas propostos.
5.3 – Estimular a montagem e criação de histórias em quadrinhos e charges, a partir das temáticas abordadas pelos vídeos.
5.4 – Os quadrinhos e as charges deverão ser divulgados nos painéis do pátio da escola e no site oficial do projeto
Assinar:
Postagens (Atom)